quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
SOBRE A NUDEZ E SUA IMPOSSIBILIDADE DE RETORNO
Para minha amada Carolina Abreu
Quando eu pensar,
Quando ensaiar,
Enganar-te,
Que antes me revista,
De toda verdade possível.
Que seja tão verdadeira,
E verossímil a minha dor,
A minha angústia,
A minha inquietação,
Que por um instante,
Faça-te vacilar na leitura.
Para enganar-te,
Burlar sua inteligência,
Não bastam minhas birras de menino,
Nem meus ciúmes infantis,
Nem meias verdades,
Nem personagens,
Homônimos,
Heterônimos,
Ou coisas,
Quaisquer.
Porque por mais que tente,
Todo o meu texto,
Estará sempre....
Entrelaçado,
Emaranhado,
Impresso,
Inscrito,
Xilogravado,
Xerocopiado,
Fac-símile,
Ao seu.
Ainda que em pedra,
Papiro,
Papel,
Silkscreen,
Html,
Jpg....
Ou extensão qualquer...
A minha fuga,
É inútil,
É impossível.....
Márcio Castro em 07/12/12
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário