quinta-feira, 9 de outubro de 2008

MARIA

Maria,
Cadê você Maria?
Te procurei na noite infinda
Te procurei na noite inteira
Noite e dia onde tudo infinda

Maria, onde te perdestes Maria?
Te procurei na tua vogal
Onde tuas sílabas começam e findam
mAriA
Assim aberta, assim A
Não menos sonora
mAriA

Abrem-se portas
Fecham-se fendas
E lá está Maria
Sempre no mais previsível das coisas
Ao mesmo tempo fugidia

Ausente na matéria
Presente na memória
Maria

Até quando ansiar por esse colostro vital
Até quando me amamentar da tua seiva-leite
Até quando tua teta agüenta
Até quando eu agüento
Até quando

Quizá estejas no mAr
Enquanto riA