quarta-feira, 23 de março de 2016

ALMA DE CAÇADOR


Quando se acercas a mim,
Tu, todo esse que me fita,
Que espreita,
Com olhares sedentos,
Eu me recolho a mim,
Me encerro num ostracismo,
Me escondo numa gruta só minha,
Real, imaginária, não sei,
E quem há de saber?

E dito isso,
Afirmo e ratifico,
Não sou bicho do mato,
Não sou res solta na mata,
Não sou definitivamente,
Uma caça.

Mas muitas vezes recuo,
Me camuflo num mimetismo,
Absurdamente perfeito,
Para simplesmente,
Estudar,
Observar,
Arquitetar,
Projetar,
Agir....

Não sabe quem eu sou?
Pois veja bem......
Eu sou aquele,
A quem toda presa teme,
Eu sou um bravo caçador destemido.

Que sempre respeita,
Estuda e pensa sua presa,
Que nunca desperdiça flecha,
E que sempre acerta o alvo correto.

Eu sou aquele que reina na mata,
Porque dela vivo,
A ela tenho respeito,
E nunca abuso de qualquer coisa,
Que dela faça parte,
Porque sem ela,
Não existo.

Márcio Castro em 15/03/2016