sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

AQUILO QUE SE FAZ INDUBITÁVEL

Para meu Babá...... Amigo, orientador, escritor e Educador, por sobre tudo............


Quando se está vivo,
Muitas vezes,
Quase sempre,
E porque não dizer,
Sempre....
Não se sabe,
De NADA.....

Tão pouco nos damos conta,
Do poder,
E da dádiva,
Que se nos leva,
E nos revela,
TUDO.....
E a chance que se nos dão.

Viver é pouco,
E ao mesmo tempo,
Imenso,
Por isso quem vive,
Tem o poder,
E o livre arbítrio,
De escolher,
Saber,
E permitir,
A quem se servirá,
De cavalo.

A quem,
Ou aqueles,
Que nos cercam,
Que nos rondam,
Que travam lutas,
Para nos proteger,
De um conhecimento,
De um mundo alheio,
Luta travada em um universo,
Que muitas vezes,
Muitos de nós,
Não estamos habilitados.

...........................................

Pergunto agora........
E a filosofia?
Onde estará?
Todo questionamento,
Do mundo,
E das coisas?
E a origem?
E aquilo que coça?
No meio do miolo,
Da memória.

Onde estarão agora,
Os conceitos,
Os preceitos,
E os preconceitos?

Onde estarão agora,
As minhas teses
E minhas antíteses?
Onde estará agora....
Sócrates,
Platão,
Sausurre,
Os sofistas,
Jesus e seus apóstolos?
Onde estaria,
Até mesmo, Judas?

Mas existe,
Ainda,
O momento,
O instante,
A inquietação,
E principalmente,
O MISTÉRIO...........
Márcio Castro em 18/12/2013.

sábado, 14 de dezembro de 2013

VERSOS OCULTOS


Eu tenho versos lindos,
Para te proferir,
Mas não sei,
Receio,
E tenho medo,
De te ferir.

São versos meus,
Só meus,
Que brotaram,
De gretas invisíveis.

De gretas,
Que poderiam ser,
De um pequeno canto,
Da tua boca,
Ou de uma fenda,
Insistentemente nascida,
Da persistência,
Daquilo que brota,
De uma rocha.

Mas são versos meus,
Pobres e singelos,
Que me relevam
E me revelam.....

E que por nada,
Proferirei aqui.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Brota

BROTAR

E quando tudo parece já ter sido,
Tudo brota,
Brota no peito do homem comum,
Naquele homem do beco,
No homem do gueto,
Naquele da mansarda,
No inútil,
No feroz e inútil valente,
No desvalido.

Brota,
Assim como brotam grãos,
Em grandes plantações,
Assim mesmo, como arroz e feijão,
E soja e milho, ou seja, o que for,
Mas brota,
Seja amor
Seja ódio,
Seja revolta,

Brotar é a grande resistência das coias,
Brotar é fruto do rebento,
Pois quando se brota, se rebenta,
Rebentar é o grande grito de liberdade,
Rebentar é dizer cheguei e estou ai,
Rebentar é incluir-se,
É o mesmo que dizer, eu também,
Rebentar é fato consumado.
E é por isso,
E só por isso,
Que eu rebento,
Todos os dias,
A cada levantar de pálpebras,
Quando vejo e sinto,
Que nem um cataclismo,
Exterminou a humanidade,
Quando tenho ciência disso,
Eu rebento,
E quando isso ocorre,
Tudo é novo,
O dia,
A vida,
E a grande certeza incerteza,
O amanhã,
O outro dia,
E seu mistério.


Márcio Castro em 22/11/2013

sexta-feira, 14 de junho de 2013

E A VIDA



E a vida foi isso,
E a vida tem sido isso,
E continua sendo.....

Esse pedaço de pano sujo,
Essa estopa,
Esse retalho,
De uma peça,
Que não se sabe,
Onde se finda....

Esse linho,
Esse brim,
Essa cambraia,
Essa seda,
Essa renda,
Esse pano de prato,
Esse pano de chão.....
Essa peça de pano,
Inacabada.......
Márcio Castro em 15/06/16

terça-feira, 11 de junho de 2013

SOBRE A RAZÃO



O substrato da razão,
É nada menos,
Que aquela borra de café,
No fundo da xícara.....

O resto.....
Bem......
O resto.....
É filosofia,
Pura....

Márcio Castro em 12/06/13

segunda-feira, 3 de junho de 2013

PADARIA ESPIRITUAL


Poema crônica

Onde antes,
Produzia-se o pão espiritual,
Hoje,
Perfumaria.....
E quitinetes para alugar....
E o PÃO?
Fica a questão.......

Marcio Castro em 03/06/13

segunda-feira, 27 de maio de 2013

NEM É


Nem malha é popeline,
Nem brim é organza,
Nem seda é cetim,
Nem caboclo é serafim...

Márcio Castro em 28/05/13

quinta-feira, 16 de maio de 2013

SOBRE OS SEGREDOS



Segredo é coisa que..
Deveria ser usada como verbo,
INTRASITIVO,
E intransferível.

Márcio Castro em 17/05/13

segunda-feira, 29 de abril de 2013

SOBRE O QUE JÁ FOI E O QUE RESTA




Depois de todo um dia,
O dia finda,
E tudo parece estático,
Enquanto dormimos.

Mas não é bem assim,
Nem tudo finda,
Nem o dia,
Nem nós,
Nem nada....

Ainda restam,
As coisas,
Que foram,
Que ficaram,
Que restam....

E que ainda são....
Que insistem,
Que ruminam,
Que invadem,
Que persitem....

E só por isso,
A vida,
E o ciclo,
Continuam,
E eu,
E você,
Continuamos,
Aqui.


Márcio Castro, em 29/04/13

sexta-feira, 19 de abril de 2013

NA SESSÃO DE ANÁLISE


NA SESSÃO DE ANÁLISE


Está tudo bem,
Tudo normal,
Eu estou ótimo,
Não roí as unhas,
Nem limpei a mesa ante do garçom.

Estou conseguindo até,
Responder a um bom dia no elevador,
Estou bem,
Repito, estou bem.

Mas não todo,
Não inteiro,
Não eu mesmo.

A sensação que tenho,
É aquela de que algo saiu do lugar,
E de repente me falta o chão,
Falta aquela muleta,
Falta aquele alicerce...

Que hoje,
Nem sei mesmo,
Se existe,
Se existiu,
Se nunca houve....

Estou bem,
De fato estou,
Consegui algo,
Que até então,
Parecia-me impossível,
Mandei à merda,
Aquela vizinha chata....
E isso foi bom,
Confesso,
Mas não foi tudo.

Eu estou bem,
Mas ainda me falta,
Ou ainda me resta,
Ou me sobra,
Ou me aflige,
Ou me incomoda,
Ou me recalca......

É essa persistência na falta,
Que move meu motor,
Essa ausência de algo,
Que não sei,
E talvez nem queira saber,
Que provavelmente,
Quem sabe,
Tenha me levado,
Até aqui.


Márcio Castro em 20 de abril de 2013.

sexta-feira, 29 de março de 2013

OBJETO ABJETO



EU,
Eu mesmo, e esse instante,
Querendo tudo,
Na presença de tudo,
Na ausência de tudo....

A bem dizer,
EU,
Eu mesmo, e esse instante,
E o desejo,

EU,
Eu mesmo, e esse instante,
E a fome,
E a sede,
E a náusea,
E a gastrite,
E o dia,
E as tarefas,
E ansiedade,
E o livro pra terminar de ler,
A ligação pra retornar,
E o ponto pra bater,
E eu......
E as coisas.....
E o tempo.....
E a frustração,
Por tudo que foi,
Que deu,
E a muleta da castração,
Que nos revela o real,
Porque somos reais....
Enquanto ainda pulsa......

Márcio Castro em 29/03/12

terça-feira, 12 de março de 2013

AINDA



Eu ainda sou….
O que me resta….

Márcio Castro em 12/03/13

segunda-feira, 11 de março de 2013

SER



Eu….
Bem, quero dizer….
Acho que sou,
Não sei,
A bem da verdade,
Não sei,
Coisa alguma…

Mas às vezes sinto,
Anseio,
Desejo,
E por isso,
Só por isso,
Penso que existo…..

É isso, que dizer,
Eu acho,
Viver é desejo…

Às vezes,
Não é nada,
É só o vazio,
A inexistência,
A falta,
E por isso dói,

E dói tanto,
Que fico na incerteza,
De tudo ser,
De nada ser.

O que nos inquieta,
É essa linha tênue,
Entre o tudo,
E o nada,
Entre o desejo,
E a castração do mesmo….

Márcio Castro, em 12/03/13

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

AQUELLO QUE SE NOS MUEVE



Aquello que a nosotros todos,
Se nos enoja,
Es, por eso,
Lo que se nos hace marchar,
Y seguir adelante.

La tragédia humana,
Sea Ella,
Griega
O actual,
Se nos llena de lástima.

A su vez,
La lástima,
Se convierte,
En un sentimento,
A quien a nadie,
Se lo merezca tener.

Que toda la rábia del mundo,
Caiga toda sobre mi,
Pero, la lástima,
Que esta,
Jamás sobre mi,
Me heche su raya.

Porque aquello,
Que a mi me hace caminar,
Solo posee su marcha,
A la delantera,

A todos,
Sin resguardo,
Es tocado el tiempo,
La verez es un hecho,

A nosotros,
Solo nos espera,
Na concepción,
Y el saber,

Hay luchas,
Que no valen la pena,
El tiempo posee médios,
A los cuales,
Solo nos permite…
Aceptar…………

Márcio castro em 01/02/2013