quarta-feira, 7 de novembro de 2012

TELAS E TEXTOS


Quando você voltar,
Encontrará tudo no mesmo lugar,
A pia lotada de louça suja,
Nada no seu devido lugar,
E eu no meio da confusão.

Quando você voltar,
Não vou me furtar,
De um bom motivo,
Pra discussão,
Assim estarei eu,
Estará você,
No mais cabal cotidiano.

Em todos esses anos,
Meses, dias e horas,
Não seríamos nós,
Tão dissonantes,
E oníssonos,

Está tudo tão caótico,
E dispostamente harmônico,
Como uma obra de Basquiat,
Confuso e inefável,
Como uma tela de Monet,

Tão vivo,
Pueril e enigmático,
Como Miró e Bandeira,
Traduziriam em suas telas.

Entre telas e textos,
Estaremos nas entrelinhas....

Márcio Castro em 08/11/12

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