quarta-feira, 7 de novembro de 2012
POESIA NOVA
A poesia nova,
Vem como um sopro de vida,
O tocar de dedos,
Do criador e a sua criatura,
Como na capela cistena,
De Leonardo.
É texto,
É intertexto,
É leitura,
É releitura,
É um novo olhar.
A poesia nova,
É cheia de velhices,
É como tecer uma roupa,
A mesma que antes,
Era confeccionada,
Em cambraia de linho,
E hoje se confecciona,
Em tecido sintético,
mas qualquer o tecido,
Ainda assim,
É texto,
Arraigado do velho,
Apresenta uma nova estampa,
Nova textura.
Porque o desejo de expressão,
É o mesmo.
O que outrora,
Era expresso na pedra,
E depois no papiro,
E enseguida no papel,
E hoje em bits e byets,
É texto.
O que antes,
Exigia deslocamento,
Para uma simples contemplação,
Hoje é global.
Hoje Paris é aldeia,
E Jericoacora é metrópóle.
Márcio Castro em 08/11/12
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