domingo, 8 de julho de 2012
SOBRE NASCER E A VIA CRUCIS
Pessoas nascem,
Pessoas são,
Porque nascem,
Idiota constatação
Nascer não é o problema,
O problema reside em viver,
Aquela coisa do rebento...
Rebentar e vingar,
E buscar por toda sua existência,
O que fazer com isso.
Depois que se nasce,
É tudo estranho,
É tudo fardo,
É tudo caro,
É tudo incerto
É tudo medo
Nascer é coisa que não se pede
É arbitrariedade pura e concreta
É coisa que não se contesta
Morrer é fato,
É certeza.
Porém a morte
Não se nos revela arbitrária
Com ela podemos jogar
O periogoso jogo
Do livre arbritrio,
Morrer é inesperado,
Para quem espera.
E um evento,
Para quem a planeja.
Assim foi,é e será
Que nos diga Cleópatra,
Getúlio Vargas,
Florbela Espanca,
Deleuze,
E os Kamikazes
E outros tantos, muitos.
Morrer ou viver,
Para isso estamos ai,
Ainda,
Até enquanto pulsa.
A verdade,
É que enquanto eu escrevo
E enquanto alguém ler
Outro alguém já morreu,
E outro acaba de nascer
E o bom ou ruim,
Dessa conversa,
É o concenso,
De que tudo finda
Tudo “completa seu ciclo”
E o mundo.......
E o mundo não se acaba.
E isso era tudo.
Tudo o que eu esperava.
Mas algo em mim,
Ainda pulsa.
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Um comentário:
Intenso o seu poema, mas assim`e a vida!
Voltarei outras vezes se nao se importar que comente, gostei do seu estilo.
Bjao.
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