segunda-feira, 13 de junho de 2016
DA IMPOSSIBILIDADE DAS COISAS
Quem me dera as noites,
Fossem mais frias,
Mais sublimes,
Mais reveladoras,
Mais isso,
Mais aquilo....
Quem me dera as noites,
Fossem mais,
Sempre mais,
Absolutamente mais.
Assim as noites,
Nunca passariam em claro,
Sempre seriam uma festa,
E tudo seria perfeito.
Não existiria tédio,
Nem ausência,
Nem sonho,
Nem imaginação,
Nem recalque,
Nem trauma,
Nem desejo,
Nem nada,
Que gerasse,
Uma patologia na alma.
Tudo seria,
Estranhamente,
Absurdamente,
Absolutamente,
Insuportavelmente,
Utópico,
Perfeito,
Imaginável,
E infinitamente,
Inatingível.
Márcio Castro em 14/06/2016
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