quarta-feira, 10 de junho de 2015

O HABITAT DA POESIA


E no meio de tudo isso,
Eu sigo vivendo,
E escrevendo,
Prosa e poesia,
Que se esvaem,
Por entre ralos,
E bocas de lobo.

Mas não me importo,
A superfície é vaga,
É rala,
É pobre.

Eu acredito,
É no subterrâneo,
No interior,
Na alma,
Porque sei,
Que se existe essência,
Se existe alma,
É no interior,
Nos becos,
Nas valas,
Na lama,
Na sarjeta,
Na escória,
E em tudo que rechaçamos,
É lá........

Onde mora,
A poesia.

Márcio Castro em 10/06/2015

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