quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

POEMA DO AMANHECER

Cores e brilhos vão surgindo do infinito
De forma sútil e avassaladora
Vai tomando conta de tudo
Quando menos se espera,
Tudo que estava oculto se revela
Então amanhece
Es o inevitável

sábado, 19 de novembro de 2011

O LIVRE ARBITRIO

O que nos move é a inércia
Essa coisa meramente física
Revelando-nos assim o abismo
Gerando assim, o desejo
Pular ou não é escolha
As vezes
As vezes não
Decidir entre lançar-se
Ou quedar-se inerte
Isso já é pulsão
De vida
Ou de morte

Márcio Castro

domingo, 9 de outubro de 2011

CAEM FOLHAS - MEU DÉCIMO HAIKAI

Caem folhas, e daí? Vem chagando o verão!!!!
Poesia está no pisar de um salto Luis XV.
Ou nas sandálias havaianas de cada dia

MATIZ DA NOITE - MEU NONO HAIKAI

Branca noite
Obscuras idéias
A consciência é diáfana

POEMA INACABADO

Ser
Por assim, ser
É mais que carne
É mais que osso
É além, e para além disso
É verbo
O verbo que se nos faz...
A existência..
A própria

Suas razões e implicações
Se quer passam pela matéria
Existir é isso
É esse momento
Que nesse instante se faz

Existir á a certeza da dor
Que não cessa com analgésicos
É o alívio de uma palavra proferida
É resolver as angústias
Expressando o que se nos medra

É soltar aquele NÃO
Preso há muito tempo na garganta
É perceber que esse,NÃO
É dar-se conta de que
Mesmo assim
Tudo ainda pulsa
E se converte em dor
A dor............................ (poema inacabado

sábado, 10 de setembro de 2011

UM PEQUENO POEMA PARA QUEM É GRANDE

(ou um poema para quem É) – Um poema para Raquel

“Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.”
Fernando Pessoa


Sertão
É ser tanto
É tão grande
Que não se cabe em si (ti)

E por ser tão
E ser tanto
Componhõe-se em ti
Uma rima, um verso

E por ser força
E ser motriz
Gera-se em ti
Toda a vida

Eu já te vi terna
Te vi irada
Te vi nua
Te vi inteira

Eu já te vi confusa
Te vi revolta
Te vi amorosa
Te vi humilde

Que faceta?
Quantas facetas?
Quantas faces de ti
Eu já vi

Mas o que sempre me inqueita
O que indomitamentamente
Me revolve a ti
É a tua essência

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

UM POEMA PARA A VIDA – OU UM COLO PARA UM AMIGO

Por toda minha existência
Por toda ela
Tentei e busquei
O meu melhor

Mas contra a vida,
Jamais atentei
Atentar contra a vida,
É o próprio suicídio

Porque a vida,
A vida por si própria,
É toda essa coisa,
Lenta e ligeira,
Previsível e sorrateira

A vida meus amigos
A vida não mede dor
Nem esforços
Não mede o bem, nem mal

A vida é enigma
É coisa indômita
É cavalo brabo
É bicho solto

A vida meu irmão
É o imprevisto
É um terremoto
E um tsuname no Japão

A vida é a seca
É a abundância
É a fartura
E a falta delas

A vida não é conto de fadas
A vida é pra ser vivida camarada
A vida não está para o INMETRO
Nem para Física Quântica

A vida é grande
É maior que tudo
Maior que eu
Maior que você

E por tudo exposto
Quem tiver sua vida
Que a viva
E também a compartilhe

Porque na soma
No produto
E no fim de tudo
A vida, é o que se se divide.

quinta-feira, 3 de março de 2011

OPÇÃO

Optei pela reclusão
Opção minha
Por esse ostracismo

E pago por isso
Esse exílio que é meu
Encerrei-me em mim mesmo

E agora
Não sei em que limbo repouso
Nem mesmo sei se repouso

Esse exílio que há em mim
Restringe-me a um confinamento tal
Que habita nos confins de mim mesmo
Nessa nebulosa que me enfindei

Lugar nenhum
Imensurável
Incontáveis gritos
Donde se entra
E não se sai

E assim
Redimo-me de mim mesmo
Desse medo que não encaro
Que me inquieta
E não me divide

Esse Eros que se me instalou
Esse ser que não é Deus
Nem divino

Essa coisa que medra
Esse medo motor – motriz
Isso todo que existe
E existe tão somente porque
O medo existe
O medo
Essa inquietação